terça-feira, agosto 24, 2010

Recortes de felicidades

Procuraste-me para uma conversa breve. Querias o jogo de antigamente. No sitio de antigamente, o casino.

Calculado o risco, sempre alto contigo, feitas as apostas, entre os martinis e os teus honrosos e nada discretos olhares, para o meu decote, quiseste saber se era feliz.

- Feliz?

- Sim, feliz, assim, sozinha. És?

- Já não jogo a feijões. E no casino já não há moedas a caírem.

Apesar do ar de desilusão aparente, a cova do teu sorriso denunciou-te. Sei que ficaste feliz por não te querer desta vez.