segunda-feira, junho 25, 2007

prémio

Eu, a Maria da Lua e especialmente todos aqueles que me leêm dentro e fora deste blog, ganharam um prémio literário. Este seria sempre impossivél se não fosse a vossa presença neste luar. porque este prémio reflecte apenas a luz projectada por vocês. Assim os meus parabéns a todas essas luzes que me fazem brilhar.

SIM

Apetece-me dizer que sim. Que o mundo é um lugar maravihoso para se viver. Que sim, que é enternecedor o teu beijo da manhã, ou o teu olhar sedutor com que me despes lentamente de todos os pudores.Apetece-me dizer que sim. Que vale a pena. Arriscar. Sempre. Mesmo com todos os riscos, por cima de todos os medos. Apetece-me dizer que sim. Que gosto de ti. Que me apetece morrer nos teus braços, fechar os olhos e ficar-me por aqueles instantes, a naufragar por dentro de ti. Apetece-me gritar que sim. que podemos e devemos lutar por nós mesmos. Eu quis de novo voltar a sorrir. Apareceste tu. Completaste o meu sorriso. Agora somos dois a sorrir. E a gritar, desavergonhadamente felizes, que sim. Que vale a pena querer. E querer com muita força. Acreditar em nós. Sorrir depois. E encontrar a outra parte do nosso sorriso. hoje és tu. apeteceu-me dizê-lo.

sábado, junho 09, 2007

da ternura

porque há a ternura do primeiro olhar. as palavras que se proferem pela primeira vez e se guardam como recordações distantes. também pela primeira vez. há o primeiro beijo. tiraste os óculos. fechaste-me os olhos. e aconteceram os nossos lábios. nossos. nem meus. nem teus. nossos. em pequenos passos em direcção ao céu. porque de mãos dadas contigo posso voar. habitar um mundo novo. sorrir e ser eu. só para ti. pela primeira vez. feita de ternura.

terça-feira, junho 05, 2007

encanto

encantei-me como julgava impossivél encantar-me novamente. pelos olhos. pelo sorriso. pelas mãos, pelas palavras que trocámos. E foram tantas e tão intensas que as podíamos ter divido por outras noites. mas usámos aquelas. ainda temos outras. teremos sempre, asseguras-me tu. sinto que sim. que são feitas de verdade as palavras que trocamos. que são feitas de nós cegos em que me apetece entrelaçar. e ficar suavemente a balouçar na rede. uma e outra vez.

sábado, junho 02, 2007

se te pudesse escrever

Se te pudesse escrever eu saberia o que fazer com esta dor miudinha que me consome por dentro. me tira o sono. me faz tropeçar nas palavras. sorrir de novo. e encantar-me com os caminhos que sonho para nós. um dia. muito mais tarde. porque sim. já sei. há coisas que demoram tempo a acontecer. e eu não posso querer tudo hoje. desculpa-me. nasci assim com pressa de viver. medo de morrer sem ter experimentado tudo a que tenho direito. se é que tenho mesmo direito a ti. se te pudesse escrever seria tudo mais fácil. traduzir-te em palavras e revelar-te nos meus dedos seria o princípio. assim saberia que me pertencerias sempre. mas não te prendes em mim. foi só um momento. ainda dura dentro de mim.